Resiliência… atributo essencial

Temos observado, com os tempos hostis que vivemos, que a função organizacional mais importante é a resiliência, pois as organizações sofrem ameaças externas como nunca visto até hoje.

Na física, resiliência é propriedade de um corpo recuperar a sua forma original após sofrer uma deformação ou um choque. Trazendo para os domínios da gestão, a resiliência pode definir-se como a capacidade de as organizações ultrapassarem as adversidades.

Após um ano de disrupções generalizadas, os gestores estão a tentar equilibrar as várias prioridades conflituantes à medida que procuram pôr as suas organizações a navegar nesta era de mudanças aceleradas. Além de gerirem as disrupções operacionais causadas pela crise da pandemia, têm de responder aos intensos movimentos económicos, sociais, regulatórios e tecnológicos.

As organizações procuram agora um caminho, primeiro para a recuperação no curto prazo, e depois para a reinvenção, a um prazo mais estendido.

As iniciativas gerais de prevenção de crises e gestão da continuidade são extramente importantes para as organizações. Nos próximos tempos, as organizações necessitarão de implementar uma série de medidas de gestão de contingências, desenho de cenários e execução de baterias de “stress tests”. Além disso, é necessária a implementação de ferramentas para avaliar e gerir as necessidades de liquidez, fortalecer os canais de “supply chain”, identificar novas oportunidades de negócio e novos riscos decorrentes das mudanças de hábitos dos clientes/consumidores, das alterações normativas e regulatórias e da evolução dos próprios negócios.

Para tal é necessário um elevado nível de profundo conhecimento empresarial e competências analíticas, com uma forte capacidade de implementação operacional, assente na experiência, liderança e nível executivo, aliada a um forte espírito empreendedor. Na fase de implementação, são necessários modelos de governança e metodologias de controlo e disciplina de execução, para garantir que os resultados surgem nos tempos esperados.

Jorge de Freitas Nunes

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