Vale mesmo a pena investir num Plano de Continuidade de Negócio?

A ameaça iminente das catástrofes

Num contexto de grande dinamismo e volatilidade, parece não ser uma prioridade as empresas prepararem-se para lidar com eventos extremos que ainda não ocorreram e que podem nunca vir a ocorrer. Para alguns, pode até parecer desnecessário e um esforço improcedente, ocupando recursos que parecem já ser insuficientes para gerir a normalidade, tentar antecipar respostas a situações de grande incerteza.

Nos últimos anos, diversos acontecimentos têm alertado as empresas, e todos nós, para a temática da Continuidade de Negócio: pandemias, ciberataques, guerras, terramotos. Este tipo de catástrofes, e outros eventos de menor dimensão, podem levar à interrupção das operações das empresas com impactos no negócio, por vezes, irrecuperáveis. 

Os Planos de Continuidade de Negócio

É habitual pensar-se que não é possível prever todas as situações e que o melhor é lidar com cada incidente quando e caso ocorra. De facto, os Planos de Continuidade de Negócio não pretendem ser a resposta a todos os desastres.

A Gestão da Continuidade de Negócio é uma disciplina de gestão, sendo os Planos de Continuidade de Negócio um dos seus pilares, que permite melhorar a resiliência organizacional, dando ferramentas à empresa para lidar com eventuais interrupções do seu negócio.

Qual o impacto da interrupção de uma semana nas operações da empresa?

Quanto tempo a empresa consegue manter-se sem as suas pessoas, instalações ou sistemas?

Quais os serviços que devem ser retomados de forma prioritária em caso de interrupção?

Se um fornecedor crítico deixar de fornecer, qual o impacto nas operações?

Conhecer antecipadamente os serviços críticos e os principais recursos que os suportam (pessoas, instalações, equipamentos, tecnologia, entidades externas), assim como os tempos toleráveis de interrupção e de recuperação, fortalece a organização com informação fundamental para gerir situações de desastre. Os Planos de Continuidade de Negócio minimizam a necessidade de tomar decisões durante a crise, dando espaço para respostas mais adequadas e adaptadas ao incidente.

A maturidade das empresas em Portugal

Em Portugal, a maioria das empresas ainda se encontra num nível de maturidade considerado “reativo” no que respeita à Gestão da Continuidade de Negócio. Os responsáveis de Gestão de Risco e Compliance compreendem a importância da temática, contudo, ainda não é comum existir um trabalho sistematizado e documentado com o envolvimento de toda a organização. A gestão de crises é feita, habitualmente, no calor do momento e sem tempo para a tomada de decisões bem informadas e sustentadas.

Os Sistemas de Gestão da Continuidade de Negócio suportam as empresas levando-as a atingir níveis de maturidade mais resistentes à incerteza. No atual contexto, estes sistemas tornam-se uma necessidade mas também uma oportunidade para as empresas conhecerem melhor os seus serviços e recursos críticos, complementando a Gestão de Risco, e apresentarem-se com vantagem competitiva no mercado. 

E a sua empresa, ainda é reativa?

We use cookies to give you the best experience.